A cidadezinha de Ramsey, nos Estados Unidos, vive uma caçada sem tréguas. Cartazes foram distribuídos, forasteiros chegaram de avião e toda a população está empenhada em procurar o fugitivo... O alerta já chega às pacatas comunidades vizinhas. São 72 horas de telefonemas, buscas e compromissos adiados. Aos já predispostos espectadores dos filmes policiais de ação e violência, ficam, no entanto uma notícia tranquilizadora: quem causou tanto alvoroço não foi um serial killer desequilibrado, mas um simples cãozinho, um poodle toy abricó, que atende pelo nome de Huckleberry, ou Huck para os mais íntimos.
O fato verídico está relatado no livro Huck, de Janet Elder, que chega às livrarias pela Editora Globo depois de fazer sucesso entre os norte-americanos. O fato aparentemente banal, a fuga de um animalzinho de estimação, acabou por mudar a vida de uma família e ensinar lições de esperança e solidariedade a todos que acompanharam o processo.
No livro, a autora relata a luta contra um câncer de mama. A doença, além de exigir uma grande capacidade de resposta do corpo, ainda colocava como desafio a manutenção de cotidiano familiar harmonioso com o marido e o filho único – este apaixonado pelos cães desde pequeno. Huck surge então como um personagem-chave desse difícil equilíbrio, contribuindo para que a satisfação afetiva amenizasse a difícil situação de saúde. Durante uma breve viagem de férias da família que mora em Nova York, o bichinho foi deixado com uma irmã de Janet num pacato condado, daqueles que parecem ter saído de algum conto de natal. Ela não consegue evitar que ele fuja, e a partir desse momento toda a cidade passa a se unir em torno do drama familiar. No entanto, a partir desses elementos potencialmente dramáticos, a coragem, a amizade e a esperança são o caminho que se abre quase que como um milagre. O resultado é um livro comovente, um novo best-seller envolvendo o melhor amigo do homem.