sábado, 9 de julho de 2016

Linxacariose. Você sabe o que é?

Foto: arquivo pessoal Dra Clarisse Pimentel



O Lynxacarus radovskyi é um ácaro que habita o pelo dos gatos e é muito raro em cães.

As pulgas e os piolhos ficam na pele. O Lynxacaros vive só nos pelos, mais ou menos no meio, nunca descem muito. 

Foto: icb/usp/br



Os sinais clínicos variam muito de gato para gato, mas queda de pelos e coceira são mais comuns. 

Alguns gatos por se lamberem muito podem apresentar vômitos com bolas de pelos e irritação no estômago.

É mais comum em animais que nunca receberam tratamento para pulgas pois alguns dos medicamentos usados para pulgas são eficientes para matar o Lynxacaros. 

O contágio acontece pelo contato direto e por compartilhamento de caminhas e escovas.

O diagnóstico é feito por tricograma, visualização direta ou por exame de fezes, onde se pode observar ovos e os parasitas, que são engolidos nas lambeduras.

Nunca medique seu animal, leve ao veterinário. Só ele vai saber identificar corretamente o que seu bichinho tem e tratar corretamente.










sexta-feira, 8 de julho de 2016

RJ - Da Vinci procura um lar

Mais um gatinho abandonado.
Mais um resgatado.
Mais um em busca de um Lar.




É um gatinho M A R A V I L H O S O 



Manso, ronronento e muito carinhoso.
Castrado. Vacinado. Testado negativo para FIV/FeLV




E pode ser seu!

Para Adotar:
Tel (21) - 97131-4586
patasparaadocao@gmail.com
fotos: @claudiaribeirofotografianimal





Olha nós aqui outra vez.

Queridos

Pedimos desculpas pela falta de postagens.

Estamos enfrentando um período difícil na vida pessoal e na quantidade de abandono de gatinhos.

Mas estamos nos organizando.

E aos pouquinhos vamos voltar com novidades.



quarta-feira, 16 de março de 2016

Gatos perdidos - Dicas de como proceder para encontrá-los.

A galera do Esquadrão Pet fez um post bacaninha e queremos compartilhar com vocês.




Vira e mexe chegam até nossos emails ou nas nossas páginas do facebook apelos de pessoas que perderam seus gatos. Infelizmente muitas vezes apesar de todos os cuidados dessas pessoas mesmo gatos confinados podem fugir. Porém donos responsáveis não devem deixar seus animais ter acesso a rua. 

Há alguns anos acompanhando casos de desaparecimento, e tentando ajudar, acabamos descobrindo que as características dos felinos faz com que eles raramente sejam encontrados longe de onde fugiram, ou seja de onde moram, ou se por um acaso fugirem por algum acidente, também existe a chance de serem localizados nas proximidades de onde ocorreu.

Com algumas exceções normalmente estarão na mesma quadra, escondidos ou impossibilitados de voltar para sua casa por terem ficado trancados dentro de alguma casa abandonada, ou mesmo de tão apavorados não conseguem se mexer e acabam se escondendo sem que ninguém os descubra.
Não podemos esquecer que gatos originalmente eram bichos de toca, e que ao se sentirem inseguros vão procurar se esconder reagindo as suas características genéticas que sempre afloram quando se sentem ameaçados.

1- Este foi um caso emblemático porque o gatinho Tiger era semi feral e não gostava de ficar preso a noite. Então de dia ele ficava dentro de casa em companhia de uma dog alemã que o adorava, e a noite era solto para dar suas voltinhas. Como ele tinha que ser pego toda manhã no telhado, o seu tutor colocou uma coleira (tipo peitoral) para facilitar o manejo.

Um dia após ter sido castrado e mantido durante uma semana preso ele desapareceu. Sua família o procurou por semanas até que desistiu.
Nessa época estávamos envolvidos atuando no controle de uma colônia de gatos que haviam sido abandonados em uma casa que foi vendida para se construir um prédio, e a colecionadora simplesmente fechou a casa e se mandou. Mas muitos destes gatos não apareciam quando íamos colocar ração, água e as gatoeiras para capturá-los para castrar. Até que depois de meses que estávamos atuando no local uma moça chamada Andréia, que morava em um prédio em frente a este local, e que costumava andar com suas cachorras pela rua se aproximou, e disse que havia pego um gato rajado de cinza muito ferido, com uma coleira peitoral que havia se deslocado e provocado um grande ferimento embaixo da pata dianteira. Ela disse que precisava de ajuda para doá-lo. O Tiger praticamente pediu socorro a ela porque devia estar sentindo muita dor. Uma protetora do bairro se lembrou que alguém estava procurando um gato que fugiu usando uma peitoral vermelha e dessa forma conseguimos proporcionar o reencontro da família com o Tiger. Ele nunca mais quis sair da segurança de sua casa.
A colônia em questão estava a cerca de 200 metros da casa de onde ele havia fugido


2- Dos 10 gatos da casa a Sofia era a única que tinha acesso a rua. Sua dona achava que por ela ter sido criada livremente iria se deprimir e por isso permitia que desse umas bandas.

Um dia desapareceu. Seus tutores ficaram maluquinhos procurando por ela. Após 1 semana foi encontrada há cerca de 100 metros da sua residência escondida em um estacionamento. Estava muito machucada, tinha levado um chute na boca e sofreu 3 cirurgias de reconstrução do pálato.

3- Uma gata estava sendo levada para receber soro em uma clínica veterinária. Sua tutora levou um tombo, a porta da caixa de transporte caiu e ela fugiu. Seguindo as instruções de como proceder para encontrar seu animal ela conseguiu localizá-la após alguns dias escondida atrás de uma máquina de lavar roupas. Graças aos cartazes que tinham sido espalhados isso foi possível.

4- O gato Genésio desapareceu em um bairro muito movimentado na zona sul de SP. Sua tutora ficou quase maluca. Andava pelo bairro de madrugada, espalhou cartazes, perguntava dele para os vizinhos mas já estava quase desistindo quando a chamaram em um escritório que ficava nos fundos de sua casa. Ele ficou escondido lá dentro durante vários dias sem que ninguém percebesse.

Estes são apenas alguns exemplos que comprovam nossa teoria e que graças a as dicas que seguem abaixo temos conseguido ajudar alguns gatos a serem encontrados.




Fonte: http://esquadraopet.blogspot.com.br/

sexta-feira, 11 de março de 2016

Gatos e Grávidas: Uma interação benéfica e amorosa


Foto: internet


É provável que você leia este título e pense: “Ué, mas sempre ouvi que mulheres grávidas devem evitar gatos…”. Você não é o único. A verdade é que muitas futuras mamães que têm bichanos em casa recebem a orientação de evitarem contato com a liteira ou mesmo de se livrarem do pet. Não faça isso!

Não existe razão para dizer adeus ao seu amigo felino só porque vai ser mãe. Aliás, seu gatinho pode ser um grande companheiro quando você estiver experimentando alguns sintomas da gravidez, como fadiga, enjoo e alterações de humor. Isso sem falar que, quando o bebê nascer, os dois poderão se tornar muito amigos.

Essas recomendações são feitas por conta de uma infecção rara, chamada toxoplasmose. Causada pelo parasita Toxoplasma gondii, ela pode ser transmitida a seres humanos por meio das fezes dos gatos. Mas, segundo o Centro de Controle de Zoonoses, é mais provável que você pegue a doença por meio do contato com terra contaminada ou ingestão de carne crua contaminada do que por um gato doméstico. Lave muito bem suas frutas e legumes antes de ingeri-los e lave bem as mãos após manusear carne crua.

Como proteger o seu gato da toxoplasmose

Parece que carne crua tem um ímã poderoso para gatos – assim como para bactérias e para o parasita que causa a toxoplasmose! Cuide da saúde do seu gato ao não oferecer esses alimentos para ele e ao restringir o contato dele com bichos mortos fora de casa ou fezes de gatos de rua. Além disso, não descuide do calendário de vacinas e leve seu bichano ao veterinário sempre que suspeitar que tenha algo errado com ele.

Mesmo que o seu gato seja infectado pelo parasita, basta limpar a liteira ao menos uma vez por dia para garantir que você não seja contaminada. Isso porque as fezes contém o oocisto, uma espécie de “cápsula”, que só se abre e pode causar contágio depois de alguns dias. Segundo a organização norte-americana Humane Society, o oocisto precisa de um tempo de incubação de um a cinco dias antes de causar infecções. Portanto, limpar a liteira uma ou mais vezes por dia é uma solução fácil para este problema.

Como dissemos acima, a toxoplasmose é transmitida por humanos por meio das fezes dos gatos. Isso quer dizer que você teria que ingeri-la de alguma forma – seja pela forma mais literal e nojenta (eca!) ou por não lavar direito as mãos após manusear a liteira do gatinho. Então, caso se sinta mais confortável, deixe a tarefa de limpeza da liteira com outra pessoa da casa. Se não tiver tanta sorte, faça você mesma, mas lave muuuuito bem as mãos depois.


Fonte: portalmelhoresamigos.com.br

terça-feira, 1 de março de 2016

Atendendo a pedidos: um pouco de Doença Renal Crônica (DRC) em gatos.

Georgia Mourão


Um pouco de leveza pra tratar desse assunto, já que muito é dito, muitos estudos são realizados para detectar mais precocemente, estadiar e observar melhores opções terapeuticas para DR nos gatos (vide o site IRIS Kidney).

A origem desértica dos gatos tornou a ingestão de água uma tarefa complexa, e quase restrita ao consumo da água encontrada nas suas presas. Mas hoje o gato não caça mais para sobreviver (e nem deve, os riscos de adquirir doenças e se envolver em algum acidente são enormes) e ainda os alimentamos com ração seca. Processos congênitos, FIV/FeLV e infecções podem relacionar-se à DR.



A DRC caracteriza-se pela incapacidade dos rins de executar suas funções adequadamente, sobretudo na eliminação de compostos nitrogenados (ureia e creatinina), o que faz com que esses compostos se acumulem na corrente sanguínea e causem muitos problemas pro organismo.

Os sinais mais frequentes são aumento na ingestão de água e na eliminação de urina, mas isso depende do momento da doença em que o paciente se encontra. Pode-se observar também vômitos, anemia, inapetência, perda de peso e desidratação.
Assim, é importante consultar o médico veterinário para que exames de rotina para avaliação da função renal sejam solicitados e interpretados adequadamente.

O tratamento é também de acordo com o estadiamento do gato, mas em geral, o que se procura fazer é com que o gato estabilize ou normalize seu peso, mantenha-se hidratado, e reduzir a ingestão de proteína e fósforo na dieta.

A ração terapeutica se constitui como uma forte aliada nesse momento, mas deve ser implementada de modo gradual. Os sachet "batizados" com um pouco de água também! 
A correção das concentrações de cálcio, fósforo, potássio e sódio devem ser feitas quando necessária e deve-se promover monitoração desses níveis.
Gatos com DRC podem apresentar anemia por falta de eritropoietina, um hormônio produzido nos rins que estimula a produção de hemácias, e hipertensão, pois os rins influenciam diretamente na pressão arterial, podendo se fazer uso de inibidores da ECA na tentativa de normalizar a pressão arterial.

A DRC não tem cura, mas isso não significa o fim. Assim o diagnóstico precoce, o acompanhamento e a terapeutica adequada refletem tanto no tempo quanto na qualidade de sobrevida dos gatos. Além disso, deve-se estimular o aumento da ingestão de água, um boa estratégia é distribuir maior número de vasilhas com água sempre limpinha e fresca pela casa.

"Gatos são poemas ambulantes." (Roseana Murray)



segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Quando é a hora de dizer adeus?


Uma das questões mais difíceis do cotidiano veterinário é a eutanásia. O ato que é permitido por lei afim de que se minimize o sofrimento de um animal causa muita polêmica.

A grande maioria de nós veterinários não recebe na faculdade treinamento psicológico para enfrentar este momento e poder ajudar o tutor e a si mesmo passar por um momento tão difícil, porém em muitos casos imprescindível.

Logo no início de minha carreira eu costumava sentir calafrios quando percebia que a morte se aproximava de um paciente e tentava negociar com São Francisco alguns anos de minha vida para que aquele bigodinho se recuperasse e ficasse mais alguns dias com sua família. Creio que isto ocorresse não apenas pelo meu amor e respeito incondicional a vida dos bichinhos, mas porque de certa forma eu também não estava preparada para a perda.

Quase na iminência de desistir da minha vocação por não aguentar o sofrimento assisti a uma palestra que mudou minha vida. Nascer, crescer, reproduzir, se necessário, e morrer são processos fisiológicos e inerentes à todo ser vivo. O que não é fisiológico é a dor e o sofrimento. Cada sofrimento é único e individual e deve ser respeitado e cuidado da melhor forma possível. Nós veterinários lidamos com dois sofrimentos: o do tutor e o do paciente e isto ajuda a montar uma estatística assombrosa; nossa profissão tem alto índice de suicidio.

É muito difícil para nós praticarmos a eutanásia, não é um procedimento que nos causa alegria como um parto ou prazer como ver a recuperação de um paciente que estava muito debilitado e não conseguia nem se alimentar sozinho.

Nossa conduta para indicar a eutanásia é baseada em evidências científicas de que aquele paciente não responde a nenhuma terapia existente e seu sofrimento está além do que poderia suportar, sendo que esta situação de desconforto não irá beneficia-lo ou trazer melhora. A eutanásia deve ser vista como um ato de misericórdia e amor maior por um amigo peludo que nos deu tanto amor.

Os bichinhos são nossos companheiros e é preciso respeitar o luto que sentimos quando na ocasião da sua perda igualmente a que fazemos quando perdemos um ser humano. Pessoas e animais ocupam o mesmo lugar em nosso coração, não havendo diferenças de dor quando falamos em amor incondicional que é o que recebemos quando temos um amigo bigodinho.

Rochana Rodrigues Fett


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Nascida em Esteio, Rochana Rodrigues Fett é apaixonada por gatos desde sempre – seu primeiro gato nasceu quando ela mesma tinha quatro dias de idade. Filha única, sempre dizia que queria transformar os gatos em seus irmãos. Começou a faculdade de veterinária, quando sua vida mudou no quarto semestre. “Foi quando vi uma palestra com a Dra. Heloísa Justen, da clínica Gatos & Gatos, e me decidi a trabalhar só com isso. As outras matérias eu estudava pra passar. Quando me formei, fui trabalhar numa clínica que atendia cachorros e gatos, e o vet de lá me deu um livro sobre cachorros, falando que eu não sabia nada sobre eles. Hoje, ele me liga para pedir ajuda sobre gatos”, ri ela. Médica veterinária formada pela UFRGS em 2004, Mestre em Ciências Veterinárias pela UFRGS em 2007, e com aperfeiçoamento em Medicina de Felinos pela EQUALIS em 2008. Rochana também possui Especialização em Clínica Médica e Cirúrgica de Felinos pelo Qualitas, em 2012, e Aperfeiçoamento em Clínica Médica de Felinos pelo Cat Cursos em 2014. Desde 2007, atua exclusivamente atendendo felinos, e é apaixonada pelo tema. Rochana emociona-se ao falar da afinidade com felinos: “Eu amo bigodinho, ronrons, pancinhas, bafinho, cheirinho de pé de gato, eu acho ainda que eles são anjos na terra, não é possível existirem criaturas tão puras assim”


Fonte: vetdegatos.com.br

sábado, 27 de fevereiro de 2016

RJ - Iris Para Adoção

RJ - Iris
Criada na mamadeira, linda, forte, saudável.
Castrada, vermifugada, testada negativa para FIV e FeLV.
Para ter a sorte de ter essa Flor alegrando a sua casa:
Tel (21) 97131-4586
patasparaadocao@gmail.com
Foto: Claudia Ribeiro


RJ - Anita Para Adoção

RJ - O nome dela é Anita.
Magnífica gata Negra de pelos aveludados e olhos de esmeralda.
Excelente temperamento, de uma doçura sem fim.
Castrada, Vermifugada Testada negativa para FIV e FeLV.
Quer adotar?
Contatos:
Tel (21) 97131-4586
patasparaadocao@gmail.com
Foto: Claudia Ribeiro




sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Como aumentar a ingestão de água dos felinos?

Alessandra Corrêa



Cada vez mais, os gatos têm sido escolhidos como animais de companhia. No Brasil, já estamos em sétimo lugar no mundo em número de gatos domiciliados, e segundo estatísticas, em 2020 temos uma expectativa de termos uma equiparação do número de cães e gatos em nosso país.

Sabemos que todos os dias devemos cuidar de nossos pets, mas esse cuidado deve ser redobrado principalmente nos dias quentes de verão, com temperaturas beirando os 50 graus em alguns estados, e sensação térmica ainda maior. Hoje o tema abordado nos ajudará a melhorar a qualidade de vida dos nossos gatos.

Além da troca constante dos potinhos com água gelada, alguns recursos também podem e devem ser utilizados para melhorar a ingestão hídrica dos nossos bigodudos. Para poder esclarecer algumas dúvidas é preciso voltar no tempo e fazer uma correlação histórica sobre a origem dos gatos, também chamados cientificamente de Felis silvestris catus. São animais semi-domesticados, e que há muitos anos atrás viviam em áreas desérticas, caçando pequenos animais em busca de sobrevivência. A maior parte da água que eles obtinham, era retirada do próprio alimento. Este constituído por cerca de 70% de água.


Ao trazermos os gatos para o nosso convívio, colocamos a sua disposição a ração seca, que contém em sua formulação em torno de 10% de água. Além disso, colocamos os potes de água parada, e quase sempre ao lado dos potes de ração. Digo e informo para vocês o motivo de não ser uma boa opção. Historicamente, durante a caça de seu alimento, as presas caçadas pelos felinos selvagens, quando se debatiam, defecavam e urinavam, levando-os a não beberem a água próximo ao local onde abatiam as presas. Sabemos, portanto, que os gatos preferem beber a água em local diferente do local aonde comem.

Além disso, na natureza, água parada tem possibilidade de desenvolvimento de matéria orgânica, presença de microorganismos, protozoários e até mesmo ovos de algum tipo de inseto. Por isso, a água em movimento é a preferida de muitos bichanos. Colocar fontes de água na casa é sempre uma excelente opção.

Gatos também possuem uma capacidade de captação de partículas de olfação muito maior do que a nossa, e podem deixar de beber água devido a cheiro e gosto diferentes presentes na água ou nos potes. Até mesmo lavar as vasilhas com detergente de cheiro forte, como coco ou maça verde, pode influenciar na ingesta de água. Quando sou questionada sobre o animal comer no pote lavado com produto, mas não beber a água, explico que o cheiro da comida se sobrepõe ao pote. Posso citar também, que em avaliações de água onde detecta-se nível elevado de cloro residual livre, e que conseguimos sentir o gosto e o cheiro, o animal pode vir a buscar outras fontes de água. Já reparou que, normalmente, vemos os gatos bebendo em poças que ficam no chão do boxe após o banho? Além de ser um contexto mais orgânico, o movimento da água batendo no chão pode fazer o cloro evaporar, sendo então procurada.

Também não é legal colocar todos os potes no mesmo local, por exemplo. Há casos de residências onde há outro gato controlador territorial no ambiente, que não deixa que o mesmo utilize os potes. Também pode ocorrer contaminação da água com saliva de outro animal da casa com doença periodontal, fazendo com que a ingestão diminua. Outro fato, é a insegurança de um local de passagem, ou próximo a máquina de lavar. Por esses e outros motivos que podem vir a fazer com que haja menor interesse pela água, potes em diversos pontos da casa, sendo limpos e trocados diariamente, são sempre uma boa opção.

Muitas vezes, durante os atendimentos, proprietários me questionam sobre a comida úmida, e se sachê faz mal. Perguntas como: “Doutora, tem muito sódio?” “Ouvi dizer que a ração tal dá problemas urinários…” E aquele caldinho? Tiro né?” “Tem muita gordura?”

É nessa hora que eu explico que não, que a nutrição animal atualmente está avançada, e que infelizmente muitos gatos padecem de doenças degenerativas devido à ausência da ingesta adequada de água. Sabemos também, que alguns animais podem fazer uma desidratação subclínica durante anos e que é muito importante desde o atendimento pediátrico, inserir na rotina de alimentação do animal o hábito de comer a ração úmida. E não, ela não tem muito sódio e não tem muita gordura. E o caldinho não é gordura: é proteína. É como se fosse geléia de mocotó. A idéia a desmistificar a ração úmida, e fazer com que eles consumam uma maior quantidade de água através dessa opção. Infelizmente, alguns vovozinhos podem não se adaptar a essa ingestão,e por isso recomenda-se que os filhotes comecem a comer ração úmida desde novinhos.

O importante é entender a individualidade e preferência de cada animal. Há aqueles que vão preferir usar potinhos de cerâmica, outros refratários ou de plástico. Outros vão beber o filetinho de água que escorre da torneira da pia, usar as fontes de água… No final o que eu espero mesmo é que com os conselhos do Miau-au Dicas seu pet viva com muito mais saúde!

Muitos beijos e saudações,





SOBRE ALESSANDRA CORRÊA

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Alessandra Corrêa é Médica Veterinária formada na Universidade Castelo Branco. Atualmente, está finalizando sua pós-graduação em Medicina Felina no instituto Qualittas. Apaixonada pela natureza e os animais, e conhecida por ser defensora do meio ambiente e protetora. Em seu dia-a-dia, sempre ensina as pessoas sobre educação ambiental, pregando respeito ao ecossistema e uma melhor educação. Desmistifica zoonoses, e sonha com um mundo justo e com mais amor e                     igualdade. Atende também em domicílios.




terça-feira, 18 de agosto de 2015

Protegendo seu melhor Amigo - Carteirinha de emergência para Cães e Gatos

Tem pra cachorro, tem pra gatos.

Para quem mora sozinho é fundamental.

Imprima no link ou crie você mesmo a sua. 

O importante é alguém ser avisado que seus animais estão sozinhos.






quinta-feira, 6 de agosto de 2015

//Campanha de Adoção - 8/08/2015



Pedimos a todos que COMPARTILHEM.

Sejam solidários, por amor aos animais.

RJ - Tijuca - Sábado 8/8/2015

Doglândia - Rua Henri Ford



quinta-feira, 18 de junho de 2015

Fadiga por Compaixão e Burnout em Medicina Veterinária. Ou o custo de cuidar do Outro em sofrimento...


Recente pesquisa realizada no Reino Unido mostrou que a taxa de suicídio entre Médicos Veterinários é quatro vezes superior que no restante da população e duas vezes superior que entre outros profissionais de saúde. No Brasil muitos profissionais desistem da carreira, assolados por dúvidas, inseguranças, frustração e decepção.

Mas o que é tão específico na profissão do Médico Veterinário? Bem, lidamos com a morte cinco vezes mais que outros profissionais de saúde; independentemente de nossa especialidade provavelmente acompanharemos a morte de todos os nossos pacientes. Entretanto há muitos outros fatores; a falta de reconhecimento profissional, baixa remuneração, falta de espaço pessoal e o convívio com animais (e seus tutores) em sofrimento se somam podendo levar ao desenvolvimento da Síndrome da Fadiga por Compaixão e ao Burnout.

Neste artigo pretendo explorar as razões emocionais que muitas vezes levam à frustração profissional entre MVs, notadamente a Fadiga por Compaixão e o Burnout, como também como identificá-las e o que podemos fazer a respeito.


Fadiga por Compaixão x Burnout

O termo Fadiga por Compaixão ainda é pouco conhecido no Brasil e geralmente é confundido com o termo mais abrangente e popular Burnout. Afinal o que são e quais as diferenças?

O Burnout é resultante da insatisfação geral e crônica com o ambiente de trabalho. O termo foi criado no início dos anos 90 na tentativa de entender o adoecimento emocional e psicossomático entre enfermeiros, entretanto rapidamente foi estendido a outros profissionais, sem explicar o adoecimento específico dos profissionais de sáude.

Foi criado, então, o conceito de Fadiga por Compaixão, que abarca várias características do Burnout, mas também outras especificamente relacionadas ao trabalho de profissionais de saúde. Ou seja, enquanto o Burnout trata da exaustão daqueles que trabalham com o OUTRO, a Fadiga por Compaixão trata daqueles que trabalham com o OUTRO EM SOFRIMENTO. Assim, enquanto o Burnout é resultante da insatisfação com o ambiente de trabalho, a Fadiga por Compaixão refere-se à exaustão emocional (com reflexos psicossomáticos) decorrente do trabalho com indivíduos em sofrimento; decorre do peso de se importar, do estresse de dispensar compaixão. A Fadiga por Compaixão é então definida enquanto “uma síndrome de exaustão biológica, psicológica e social que pode acometer indivíduos que liberam energia psíquica, em forma de compaixão, a outros seres (humanos ou animais) por um período de tempo, sem se sentirem suficientemente recompensados.”

Para entendermos melhor o conceito é importante definirmos empatia e compaixão. Na empatia temos o compartilhamento de emoções com o outro mais a consciência da diferenciação entre o Eu e o Outro (o compartilhamento de emoções sem consciência é chamado de contágio emocional). Na empatia também temos a flexibilidade mental, ou seja a simulação cognitiva de como nos sentiríamos, pensaríamos, reagiríamos se estivéssemos no lugar do outro – este processo é controlado e resultante de esforço intencional.

Já a compaixão é uma conexão emocional, conexão essa que faz com que o sujeito aja no sentido de aliviar a dor do outro (aqui, além dos componentes da empatia, surge a necessidade de agir em prol do outro, do alívio de seu sofrimento).

Na prática clinica, nós MVs temos compaixão tanto em relação aos nossos pacientes em sofrimento quanto em relação aos tutores. O que torna específica a Fadiga por Compaixão em nossa profissão é que temos defesas muito mais elaboradas para lidar com o sofrimento de outro ser humano do que com o de um animal.

Todos nós somos regidos por 1 sistema internalizado de crenças pessoais:

Sou bom;
Sou dedicado;
Sou empático;
Sou competente;
Tenho conhecimento;
Posso ajudar meus pacientes;
Salvo vidas;
Etc...

No contato com o sofrimento alheio em geral sofremos danos constantes ao sistema de crenças pessoais; não gostamos de alguns clientes/pacientes; somos incompetentes em alguns casos que atendemos, ignorantes de algumas condições e falhamos muitas vezes em ajudar nossos pacientes e confortar nossos clientes. Além disto, muitas vezes somos mal remunerados e nossos esforços não são reconhecidos. Este abalo sistemático no nosso sistema de crenças pessoais vai cobrar seu preço ao longo do tempo.


Sinais da Fadiga por Compaixão

Temos sempre que ter em mente que as consequências da Fadiga por Compaixão não são óbvias, principalmente para o próprio indivíduo acometido. Lembrem-se que esta Síndrome tem consequências psicológicas, sociais e físicas. Dentre alguns dos sinais temos:

- Dificuldade de concentração
- Diminuição do rendimento profissional
- Sentir-se desencorajado ou abatido
- Sentimento de impotência para resolver todos os problemas
- Exaustão
- Irritabilidade
- Conflito com outros (dentro e fora do ambiente profissional)
- Deterioração das relações interpessoais
- Diminuição do estado de saúde geral
- Diminuição da compaixão pelos outros
- Problemas gastrointestinais
- Dores de cabeça
- Cansaço
- Insônia
- Desesperança
- Questionamentos sobre a vida, a profissão e a importância e competência pessoais
- Ceticismo
- Culpa excessiva


O que fazer?

Não temos que esperar que o quadro de Fadiga por Compaixão se instale para só então tomarmos alguma atitude. Na verdade há algumas atitudes simples que podemos adotar de imediato. Dentre estas as mais importantes é fazermos algo – mensurável, que envolva uma rotina – para nós mesmos; por exemplo pararmos para almoçar todos os dias (e fazermos deste tempo um momento prazeroso, sem interrupções), entrarmos numa academia x vezes por semana, irmos todas as quartas-feiras ao cinema, etc... O importante aqui é tornar estes momentos pessoais rotineiros e não desistir deles, mesmo que tenhamos inúmeras coisas mais urgentes a fazer, estarmos cansados, sem vontade...

Outro fator importante é que muitas vezes a prática clínica é solitária e temos poucas oportunidades de compartilhar nossos casos mais complicados e frustrantes. Compartilhe, compartilhe, compartilhe, seja com colegas do próprio ambiente de trabalho como com outros amigos. Pode ser uma ótima idéia falar com antigos colegas da faculdade.


Lembre-se sempre:

Você é um herói realizando alguns dos trabalhos mais difíceis e mais importantes para animais. Sinta-se orgulhoso de você está fazendo a diferença. Saiba e reconheça que você é parte ativa da solução.

Dê uma olhada no porquê você é tão dedicado a ajudar os animais. Certifique-se de que você não está colocando o bem-estar dos pacientes antes de seu próprio. Você precisa se cuidar primeiro. Se você não cuidar de si mesmo, você não terá nada restando para oferecer.

Cuide de você. Se você não estiver bem poderá fazer muito menos.

Pratique criar limites emocionais. Você precisa se proteger contra as toxinas da dor emocional dos outros. Quando você assume problemas e dor alheios como se fossem seus, você é muito menos capaz de ajudar o Outro em sua dor e sofrimento, justamente o que originalmente se propôs a fazer. Lembre-se, isto não é empatia nem compaixão, é contágio emocional!

Encontre tempo em sua vida para relaxar e se divertir. Pode parecer infactível, mas é imperativo para o seu bem estar. Você tem algum hobby? Cultive as atividades e interesses que nada têm a ver com seu trabalho. Você precisa recarregar suas baterias e rejuvenescer a sua alma.

Todos nós temos nossos próprios problemas. Trabalhe na identificação dos seus; é importante enfrentar nossa própria dor e ter o cuidado de não tornar-se viciado em ajudar a curar os outros em vez de nós mesmos.Está tudo bem buscar ajuda profissional!

Estabeleça limites; você não tem que necessariamente estar disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano!

Você pode lidar com emoções fortes. Você não precisa evitá-las, mas sim processá-las. Angústia, tristeza, raiva e culpa estarão sempre presentes em seu trabalho.Você pode ter estes sentimentos – eles não vão transbordar e destruí-lo. Se você negá-los, vão “infeccionar” e levá-lo ao Burnout.

Aceite tanto a sua realidade quanto suas próprias limitações. Mesmo que vc queira, não pode salvar todos os animais que atende. Cada um de nós pode fazer a diferença, um animal de cada vez, e você provavelmente está fazendo um trabalho incrível nesse sentido todos os dias.

Alexandre Bastos Baptista
Médico Veterinário Endocrinologista
Psicólogo Clínico
Membro do Psiconvet - Estudos em Psico-Oncologia Veterinária

Para mais informações sobre a Fadiga por Compaixão recomendo o site do The Compassion Fatigue Awareness Project©

- endereço: žhttp://www.compassionfatigue.org/

sábado, 16 de maio de 2015

RJ - Ringo - Para Adoção

RJ - Ringo - Para Adoção
 

Espetacular Gatinho.
Lindo, muito carinhoso, adora brincar com a bolinha.


Fácil socialização, aceita bem outros animais.
Castrado, vermifugado, Testado


Contatos: 
Tel (21) 97131-4586
patasparaadocao@gmail.com

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Taurus - Gato Filhote Para Adoção



RJ - Taurus - Para Adoção

Espetacular macho, pelagem negra aveludada.

Filhote. Manso e muito calmo.



Gosta de brincar, correr atrás da bolinha.



Castrado, Testado, vermifugado.

A história:
Taurus foi abandonado ainda bebê, em uma colônia de rua, no Rio de Janeiro. Foi capturado para ser encaminhado para adoção. 
Taurus foi castrado e testado, é negativo para FIV/FeLV.

É um gatinho muito manso, gosta de brincar, aceita bem a companhia de outros felinos. 

Vive desde o resgate, há cerca de quatro meses em uma gaiolinha. 

Vamos ajudar nosso pequeno Taurus a encontrar um Lar e poder, finalmente, sair da gaiolinha


Contatos:
Tel (21) 97131-4586
patasparaadocao@gmail.com
Foto: Claudia Ribeiro

terça-feira, 5 de maio de 2015

Campanha de Adoção - 09/05/2015-

E se os Petshops cedessem seus expositores para colocar animais para adoção?

O Pet Fantasy cedeu 

E nós estaremos lá! 

Com nossos Peludos!


segunda-feira, 4 de maio de 2015

Preciosa - Gatinha em busca de um Lar

Esta é Preciosa






Recebeu esse nome pela beleza de sua expressão, pela doçura de seu temperamento.



Preciosa foi abandonada com seus três filhotes. Muito assustadinha, não se deixou capturar. Pegar os filhotes foi muito simples, pois estavam famintos e não tinham a "vivência da rua".



Precisamos de ajuda profissional,  Tony Resgate de Animais, para pegar essa mocinha.




Ela foi castrada, testada (negativa para FIV/FeLV) e retornaria para a colônia. Mas com perfil adequado para adoção, resolvemos tentar um lar para Preciosa.

Desde então ela mora em uma gaiola, à espera de uma família.




Não poderemos mante-la por muito mais tempo presa. Se não encontrarmos um lar em alguns dia será necessário devolve-la para a colônia.

Nos ajudem a achar Um Lar Para Preciosa.

Contatos:
Tel (21)97131-4586
patasparaadocao@gmail.com


domingo, 3 de maio de 2015

Marion Para Adoção





RJ - Tenho 6 meses, fui abandonada com três meses e desde então vivo em uma gaiolinha.
Me ajude a encontrar uma família e sair para sempre da gaiola.
Sou mansa, carinhosa e educada.



Já fui castrada, sou testada e negativa.

Me adota? Ou me divulga, quero correr, brincar, pular, dormir em uma caminha (ou quem sabe na cama do meu dono).



Meu nome é Marion.
Contatos:
Tel (21) 97131-4586
patasparaadocao@gmail.com
Foto: Claudia Ribeiro

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Campanha de Adoção - 02/05/2015

Sábado. 02 de maio de 2015

Das 10.00h às 17.00h

Praça General Osório  - Ipanema  -  RJ

Venha adotar!

Venha conhecer nossos Peludinhos.





Leve suas doações. Elas são fundamentais para a continuidade de nosso trabalho.




Câmara aprova prisão para quem matar cães e gatos


Câmara aprova prisão para quem matar cães e gatos


Pena, segundo o texto que ainda será votado no Senado, será de 1 a 3 anos de detenção. Texto também criminaliza o abandono dos animais e a realização de rinha de cães



O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (29), o Projeto de Lei 2833/11, do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que criminaliza condutas contra a vida, a saúde ou a integridade de cães e gatos. A matéria, aprovada na forma de uma emenda substitutiva do deputado Lincoln Portela (PR-MG), será votada ainda pelo Senado.



De acordo com o texto, matar cão ou gato terá pena de detenção de 1 a 3 anos. A exceção será para a eutanásia, se o animal estiver em processo de morte agônico e irreversível, contanto que seja realizada de forma controlada e assistida.

Se o crime for cometido para controle populacional ou com a finalidade de controle zoonótico, a pena será de detenção de 1 a 3 anos. Neste último caso, ela será aplicada quando não houver comprovação de enfermidade infecto-contagiosa que não responda a tratamento.

Essas penas serão aumentadas em 1/3 se o crime for cometido com emprego de veneno, fogo, asfixia, espancamento, arrastadura, tortura ou outro meio cruel.


Leia a matéria completa aqui.