quarta-feira, 16 de março de 2016

Gatos perdidos - Dicas de como proceder para encontrá-los.

A galera do Esquadrão Pet fez um post bacaninha e queremos compartilhar com vocês.




Vira e mexe chegam até nossos emails ou nas nossas páginas do facebook apelos de pessoas que perderam seus gatos. Infelizmente muitas vezes apesar de todos os cuidados dessas pessoas mesmo gatos confinados podem fugir. Porém donos responsáveis não devem deixar seus animais ter acesso a rua. 

Há alguns anos acompanhando casos de desaparecimento, e tentando ajudar, acabamos descobrindo que as características dos felinos faz com que eles raramente sejam encontrados longe de onde fugiram, ou seja de onde moram, ou se por um acaso fugirem por algum acidente, também existe a chance de serem localizados nas proximidades de onde ocorreu.

Com algumas exceções normalmente estarão na mesma quadra, escondidos ou impossibilitados de voltar para sua casa por terem ficado trancados dentro de alguma casa abandonada, ou mesmo de tão apavorados não conseguem se mexer e acabam se escondendo sem que ninguém os descubra.
Não podemos esquecer que gatos originalmente eram bichos de toca, e que ao se sentirem inseguros vão procurar se esconder reagindo as suas características genéticas que sempre afloram quando se sentem ameaçados.

1- Este foi um caso emblemático porque o gatinho Tiger era semi feral e não gostava de ficar preso a noite. Então de dia ele ficava dentro de casa em companhia de uma dog alemã que o adorava, e a noite era solto para dar suas voltinhas. Como ele tinha que ser pego toda manhã no telhado, o seu tutor colocou uma coleira (tipo peitoral) para facilitar o manejo.

Um dia após ter sido castrado e mantido durante uma semana preso ele desapareceu. Sua família o procurou por semanas até que desistiu.
Nessa época estávamos envolvidos atuando no controle de uma colônia de gatos que haviam sido abandonados em uma casa que foi vendida para se construir um prédio, e a colecionadora simplesmente fechou a casa e se mandou. Mas muitos destes gatos não apareciam quando íamos colocar ração, água e as gatoeiras para capturá-los para castrar. Até que depois de meses que estávamos atuando no local uma moça chamada Andréia, que morava em um prédio em frente a este local, e que costumava andar com suas cachorras pela rua se aproximou, e disse que havia pego um gato rajado de cinza muito ferido, com uma coleira peitoral que havia se deslocado e provocado um grande ferimento embaixo da pata dianteira. Ela disse que precisava de ajuda para doá-lo. O Tiger praticamente pediu socorro a ela porque devia estar sentindo muita dor. Uma protetora do bairro se lembrou que alguém estava procurando um gato que fugiu usando uma peitoral vermelha e dessa forma conseguimos proporcionar o reencontro da família com o Tiger. Ele nunca mais quis sair da segurança de sua casa.
A colônia em questão estava a cerca de 200 metros da casa de onde ele havia fugido


2- Dos 10 gatos da casa a Sofia era a única que tinha acesso a rua. Sua dona achava que por ela ter sido criada livremente iria se deprimir e por isso permitia que desse umas bandas.

Um dia desapareceu. Seus tutores ficaram maluquinhos procurando por ela. Após 1 semana foi encontrada há cerca de 100 metros da sua residência escondida em um estacionamento. Estava muito machucada, tinha levado um chute na boca e sofreu 3 cirurgias de reconstrução do pálato.

3- Uma gata estava sendo levada para receber soro em uma clínica veterinária. Sua tutora levou um tombo, a porta da caixa de transporte caiu e ela fugiu. Seguindo as instruções de como proceder para encontrar seu animal ela conseguiu localizá-la após alguns dias escondida atrás de uma máquina de lavar roupas. Graças aos cartazes que tinham sido espalhados isso foi possível.

4- O gato Genésio desapareceu em um bairro muito movimentado na zona sul de SP. Sua tutora ficou quase maluca. Andava pelo bairro de madrugada, espalhou cartazes, perguntava dele para os vizinhos mas já estava quase desistindo quando a chamaram em um escritório que ficava nos fundos de sua casa. Ele ficou escondido lá dentro durante vários dias sem que ninguém percebesse.

Estes são apenas alguns exemplos que comprovam nossa teoria e que graças a as dicas que seguem abaixo temos conseguido ajudar alguns gatos a serem encontrados.




Fonte: http://esquadraopet.blogspot.com.br/

sexta-feira, 11 de março de 2016

Gatos e Grávidas: Uma interação benéfica e amorosa


Foto: internet


É provável que você leia este título e pense: “Ué, mas sempre ouvi que mulheres grávidas devem evitar gatos…”. Você não é o único. A verdade é que muitas futuras mamães que têm bichanos em casa recebem a orientação de evitarem contato com a liteira ou mesmo de se livrarem do pet. Não faça isso!

Não existe razão para dizer adeus ao seu amigo felino só porque vai ser mãe. Aliás, seu gatinho pode ser um grande companheiro quando você estiver experimentando alguns sintomas da gravidez, como fadiga, enjoo e alterações de humor. Isso sem falar que, quando o bebê nascer, os dois poderão se tornar muito amigos.

Essas recomendações são feitas por conta de uma infecção rara, chamada toxoplasmose. Causada pelo parasita Toxoplasma gondii, ela pode ser transmitida a seres humanos por meio das fezes dos gatos. Mas, segundo o Centro de Controle de Zoonoses, é mais provável que você pegue a doença por meio do contato com terra contaminada ou ingestão de carne crua contaminada do que por um gato doméstico. Lave muito bem suas frutas e legumes antes de ingeri-los e lave bem as mãos após manusear carne crua.

Como proteger o seu gato da toxoplasmose

Parece que carne crua tem um ímã poderoso para gatos – assim como para bactérias e para o parasita que causa a toxoplasmose! Cuide da saúde do seu gato ao não oferecer esses alimentos para ele e ao restringir o contato dele com bichos mortos fora de casa ou fezes de gatos de rua. Além disso, não descuide do calendário de vacinas e leve seu bichano ao veterinário sempre que suspeitar que tenha algo errado com ele.

Mesmo que o seu gato seja infectado pelo parasita, basta limpar a liteira ao menos uma vez por dia para garantir que você não seja contaminada. Isso porque as fezes contém o oocisto, uma espécie de “cápsula”, que só se abre e pode causar contágio depois de alguns dias. Segundo a organização norte-americana Humane Society, o oocisto precisa de um tempo de incubação de um a cinco dias antes de causar infecções. Portanto, limpar a liteira uma ou mais vezes por dia é uma solução fácil para este problema.

Como dissemos acima, a toxoplasmose é transmitida por humanos por meio das fezes dos gatos. Isso quer dizer que você teria que ingeri-la de alguma forma – seja pela forma mais literal e nojenta (eca!) ou por não lavar direito as mãos após manusear a liteira do gatinho. Então, caso se sinta mais confortável, deixe a tarefa de limpeza da liteira com outra pessoa da casa. Se não tiver tanta sorte, faça você mesma, mas lave muuuuito bem as mãos depois.


Fonte: portalmelhoresamigos.com.br

terça-feira, 1 de março de 2016

Atendendo a pedidos: um pouco de Doença Renal Crônica (DRC) em gatos.

Georgia Mourão


Um pouco de leveza pra tratar desse assunto, já que muito é dito, muitos estudos são realizados para detectar mais precocemente, estadiar e observar melhores opções terapeuticas para DR nos gatos (vide o site IRIS Kidney).

A origem desértica dos gatos tornou a ingestão de água uma tarefa complexa, e quase restrita ao consumo da água encontrada nas suas presas. Mas hoje o gato não caça mais para sobreviver (e nem deve, os riscos de adquirir doenças e se envolver em algum acidente são enormes) e ainda os alimentamos com ração seca. Processos congênitos, FIV/FeLV e infecções podem relacionar-se à DR.



A DRC caracteriza-se pela incapacidade dos rins de executar suas funções adequadamente, sobretudo na eliminação de compostos nitrogenados (ureia e creatinina), o que faz com que esses compostos se acumulem na corrente sanguínea e causem muitos problemas pro organismo.

Os sinais mais frequentes são aumento na ingestão de água e na eliminação de urina, mas isso depende do momento da doença em que o paciente se encontra. Pode-se observar também vômitos, anemia, inapetência, perda de peso e desidratação.
Assim, é importante consultar o médico veterinário para que exames de rotina para avaliação da função renal sejam solicitados e interpretados adequadamente.

O tratamento é também de acordo com o estadiamento do gato, mas em geral, o que se procura fazer é com que o gato estabilize ou normalize seu peso, mantenha-se hidratado, e reduzir a ingestão de proteína e fósforo na dieta.

A ração terapeutica se constitui como uma forte aliada nesse momento, mas deve ser implementada de modo gradual. Os sachet "batizados" com um pouco de água também! 
A correção das concentrações de cálcio, fósforo, potássio e sódio devem ser feitas quando necessária e deve-se promover monitoração desses níveis.
Gatos com DRC podem apresentar anemia por falta de eritropoietina, um hormônio produzido nos rins que estimula a produção de hemácias, e hipertensão, pois os rins influenciam diretamente na pressão arterial, podendo se fazer uso de inibidores da ECA na tentativa de normalizar a pressão arterial.

A DRC não tem cura, mas isso não significa o fim. Assim o diagnóstico precoce, o acompanhamento e a terapeutica adequada refletem tanto no tempo quanto na qualidade de sobrevida dos gatos. Além disso, deve-se estimular o aumento da ingestão de água, um boa estratégia é distribuir maior número de vasilhas com água sempre limpinha e fresca pela casa.

"Gatos são poemas ambulantes." (Roseana Murray)