domingo, 26 de setembro de 2010

ONG ajuda animal deficiente a achar novo lar em SP

ONG ajuda animal deficiente a achar novo lar em SP

Maioria das deficiências é causada por maus-tratos.

Bóris e Sissy
O gato Bóris ficou paraplégico por causa de maus-tratos; já a vira-lata Sissy teve a tetraplegia dignosticada após ser atropelada (Foto: Laurye Borim/G1)




Sissy foi atropelada e deixada em frente a uma clínica veterinária de São Paulo quando tinha apenas 2 meses. Por causa do acidente, teve inúmeras fraturas e machucados, mas a consequência mais grave foi a tetraplegia. Quando o final triste se desenhava, no entanto, a vira-lata foi adotada e ganhou um lar, carinho e dedicação.

Os tratamentos foram longos e cansativos. Mas para quem achou que ela não sobreviveria ou teria uma vida entediante por causa das limitações, o que se percebe, sem dúvida, é a sua imensa felicidade de viver.

Ter um animal deficiente em casa requer cuidados especiais. Inúmeros cachorros são abandonados todos os dias nas ruas da capital paulista. Os motivos são muitos: velhice, maus-tratos, hiperatividade, agressividade, deficiências ou até mesmo porque o dono não quer mais o bichinho. Segundo o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo, cerca de 50 animais, entre gatos e cachorros, são adotados por mês, na maioria filhotes. Se para um cachorro sem qualquer tipo de deficiência já é difícil ser adotado, imagine o tamanho da dificuldade em encontrar um novo lar para um animal com algum problema físico.


E é justamente esse o desafio da ONG Sava (Solidariedade à Vida Animal). Criada em 2006, a ONG, que é a primeira do país a cuidar especialmente de animais deficientes, realiza feiras de adoção de cachorros deficientes todos os meses. A presidente, Arlete Martinez, é protetora dos animais há 20 anos e resolveu criar a ONG ao perceber que esse tipo de animal precisa de uma dedicação especial. “Sou protetora há bastante tempo. A ideia surgiu da vontade de ajudar esses bichinhos, que, na maioria das vezes, passam a vida toda esperando um novo lar.”


Arlete MartinezArlete Martinez é a presidente da ONG Sava
(Foto: Laurye Borim/G1)
As deficiências dos animais da ONG vão desde a cegueira até a paraplegia. A maioria fica deficiente após passar por maus-tratos. Os bichinhos são tratados com os recursos que a associação arrecada com suas protetoras e associados. E o custo não é baixo. “Temos cachorros, por exemplo, que passam por cirurgias que custam mais de R$ 1.000 e outros que precisam ficar internados em hospitais para cachorros, onde a diária custa em média R$ 60. Todos esses gastos são pagos por nós”, afirma Arlete.


A veterinária Claudia Vanessa Branco Rodriguez é uma das protetoras da ONG. Além de ajudar em ações do dia a dia, ela atende alguns desses animais sem cobrar nada pelo serviço em sua clínica. “Ajudo em tudo que posso. Inclusive, tenho três gatos deficientes em casa. É claro que eles têm limitações, mas, de maneira geral, não vejo diferença. Eles podem viver tão bem quanto qualquer outro.” Ainda de acordo com Claudia, esses bichinhos 'especiais' podem ser tão felizes quantos os animais sem nenhum tipo de deficiência, ou até mais. “Um cachorro paraplégico, por exemplo, não percebe que o cachorro com quem está brincando se movimenta com as quatro patas. Eles não percebem isso, não encontram obstáculos, vivem da forma que dá. Eles podem ser tão felizes quanto qualquer outro.”


Um dos gatos adotados pela veterinária é Bóris, que foi abandonado quando tinha 2 meses. Ele teve uma fratura na medula, que, segundo a veterinária, provavelmente foi causada por um “pisão” ou um chute. Agredido e muito machucado, ele foi abandonado na rua. Mas logo uma das protetoras da ONG o encontrou. Bóris chegou a passar por cirurgias, mas seu quadro era irreversível. Ele não tem o movimento das duas patas traseiras e se move apenas com as dianteiras. Mas esse “pequeno detalhe” não é um obstáculo para o bichano. “Ele corre, brinca, faz bagunça e quer atenção o dia inteiro. Até subir no arranhador ele sobe, e apenas com as duas patas que se movimentam”, diz a dona.


PriA pastora belga Pri, antes de perder o movimento
das quatro patas (Foto: Arquivo Pessoal)
História de amor
A jornalista Isabela Campos, de 28 anos, sabe bem como é ter um cachorro deficiente em casa. No caso dela, a pastora belga chamada Pri perdeu o movimento das patas por causa de um problema de saúde.


“Após muitos exames foi diagnosticado que a Pri estava com necrose no fêmur e que em breve ela não iria mais andar. Claro que fiquei muito chateada, pois a Pri sempre foi uma cachorra muito brincalhona e adorava correr. Ela fez sessões de acupuntura e fisioterapia, mas infelizmente após seis meses ela parou de andar. Na época, muitos falaram em sacrificá-la, mas essa hipótese nunca passou pela cabeça de ninguém da família. Foi então que comecei a buscar outras alternativas que melhorassem a condição de vida dela. Para todos aqueles que me sugeriam sacrificá-la eu respondia: ‘Se seu filho parar de andar, você vai sacrificá-lo?’”




Eutanásia
A eutanásia, segundo a veterinária Claudia, só é indicada para casos em que o animal tem algum tipo de deficiência muito grave que o impede, por exemplo, de se alimentar. Alguns tipos de vírus ou infecções também podem deixar a saúde do animal muito fraca. Além disso, há doenças graves que não têm tratamento. Nesses casos, a eutanásia pode ser analisada.

Tratamentos e cuidados
Para cada deficiência é indicado um tipo de tratamento. Animais com problemas de movimentação precisam passar por sessões de fisioterapia, além das cirurgias indicadas. Por causa do atrito diário e permanente com o chão, há a possibilidade de que apareçam algumas feridas na pele, conhecidas por escaras. Nesses casos, há necessidade do uso de pomadas e remédios indicados. Animais paraplégicos ou tetraplégicos devem receber cuidados especiais durante todo o dia, pois podem precisar de ajuda na hora da alimentação.


Quando o bichinho é cego, os obstáculos que podem ter em uma casa, como escadas e objetos de decoração, são os grandes vilões.


No entanto, todos esses cuidados e tratamentos especiais que têm de ser oferecidos são recompensados pela felicidade que o bichinho pode proporcionar. “Eles são como filhos e não há como medir esforços para deixá-los felizes. Além disso, os cuidados que você tem de ter com um animal especial não é tão diferente do que de um animal ‘normal’, diz a veterinária.


Como ajudar
A ONG Sava não possui abrigo próprio e todos os animais ficam nas casas das protetoras até conseguirem um lar. Os custos são pagos pelas doações dos associados e também pelas próprias protetoras. Diversas feiras de doação e bingos beneficentes são realizados todos os meses.


A ONG aceita todo tipo de ajuda: rações, medicamentos, vermífugos, xampus, sabonetes para sarna, jornais, casinhas, caminhas, roupinhas, guias e coleiras. Quantias em dinheiro são revertidas em castrações, vacinas e gastos veterinários (consultas, cirurgias, internações, medicamentos e hospedagem). O contato pode ser feito pelo site da ONG.



sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Lá e aqui...

Lá   e   aqui...




Europa reduz experimentos científicos com animais e proíbe uso de grandes símios


ESTRASBURGO, França, 8 Set 2010 (AFP) - A ciência será obrigada a deixar de utilizar na Europa os grandes símios em seus experimentos e terá que limitar ao máximo, de acordo com regras rígidas, o uso de outros animais, em uma decisão aprovada pelo Parlamento Europeu após dois anos de intensas negociações.
A nova regra proíbe o uso de chimpanzés, gorilas e orangotangos em experimentos científicos, enquanto o uso de outros primatas será objeto de uma "restrição estrita".
A Eurocâmara aprovou, em termos gerais, que as experiências com animais sejam substituídas, na medida do possível, por um método alternativo cientificamente satisfatório.
Os cientistas terão que trabalhar para que "a dor e o sofrimento infligidos sejam reduzidos ao mínimo", afirma o texto aprovado em sessão plenária pelo Parlamento Europeu, com sede em Estrasburgo (França).
O uso dos animais só pode acontecer nos experimentos que têm como objetivo fazer avançar a pesquisa sobre o homem, os animais ou doenças (câncer, esclerose múltipla, Alzheimer e Parkinson).
A norma, que tem prazo de dois anos para ser adotada pelos Estados europeus, completa uma lei aprovada em 2009 que proíbe os testes de produtos cosméticos em animais.
Mas o texto desagradou tanto os defensores de uma abolição total como os favoráveis à causa científica.
"O progresso da medicina é crucial para a humanidade e, infelizmente, para avançar é necessára a experimentação animal", afirmou o eurodeputado conservador italiano Herbert Dorfmann.
Já a eurodeputada parlamentar belga Isabelle Durant, verde, afirmou que "é possível reduzir o número de animais utilizados com fins científicos sem prejudicar a pesquisa".
Quase 12 milhões de animais são utilizados a cada ano com fins experimentais na UE. Segundo os especialistas, o estado atual do conhecimento científico não permite a supressão total do uso.





 Câmara aprova lei que proíbe a prática de abandono e crueldade contra os animais em Piracicaba




A Câmara de Vereadores de Piracicaba aprovou esta semana Projeto de Lei do vereador Laércio Trevisan Júnior, que proíbe a prática de maus-tratos e crueldade contra os animais no município. Pela lei, fica definido como mau-trato todas as ações, diretas ou indiretas, que são capazes de provocar privação das necessidades básicas dos animais, além de sofrimento físico, medo, estresse, angústia, patologias ou morte.

A lei contempla práticas de abandono em vias públicas ou em residências fechadas ou inabitadas; agressões diretas ou indiretas de qualquer tipo, como espancamento, lapidação, uso de instrumentos cortantes, uso de substâncias químicas, fogo, uso de substâncias escaldantes, tóxicas, e privação de alimento.

Pela lei, o infrator terá primeiro a advertência por escrito e, em caso de reincidência, multa no valor de R$ 2 mil. O valor multiplica a cada nova infração. Se o infrator for pessoa jurídica e a infração tenha alguma relação com a atividade exercida pelo estabelecimento, também haverá punição. Em caso de segunda reincidência, poderá acontecer a cassação do alvará de licença e funcionamento do estabelecimento.

O valor pecuniário da multa será reajustado anualmente pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, apurado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Será assegurado o direito à defesa ao infrator e a lei entra em vigor no prazo de 60 dias após a data de publicação. 
(Felipe Rodrigues)
“O início de uma nova era”

Para Miriam Miranda, presidente da ONG (organização não-governamental) Vira Lata Vira Vida, a aprovação da lei pode representar o início de uma nova era em Piracicaba. “Estou vendo a aprovação de uma forma bem otimista”, diz. Miriam entende que a nova lei vem para ilustrar uma época nova de conscientização. “Esse meu otimismo com a aprovação talvez venha de tudo que a gente tem conseguido com o abrigo de cães, mas é inegável o crescimento da consciência das pessoas, que têm ajudado bastante”, declara. “Piracicaba pode, com isso, se tornar referência no combate aos maus-tratos”. O vereador Laércio Trevisan destaca que a Constituição determina que o Poder Público deve impedir a crueldade contra animais. “A Lei Federal que trata de crimes ambientais caracteriza crueldade contra animais como crime passível de prisão e multa. Ou seja, cabe ao município e legisladores e ao Executivo coibir a prática”.



segunda-feira, 20 de setembro de 2010

São Francisco no Céu



São Francisco no Céu
Imagem: De autoria do chargista, ilustrador e artista plástico Novaes (ver Blog NOVAES HUMOR E ARTE), 

São Pedro tirou férias e São Francisco o substituiu, por bem conhecer a alma humana. Após alguns dias, no entanto, notou-se que menos pessoas estavam entrando no céu. 

Um anjo curioso foi ver se descobria porque e ficou a observar São Francisco. O próximo da fila era um homem bem apessoado, de aparência até nobre. Qual não foi o espanto do anjo quando viu que, enquanto o homem se aproximava de São Francisco, pulou no colo do Santo um belo pastor alemão. 

- Feroz, aí está o seu antigo senhor. O que me dizes? perguntou o Santo ao cão. 

- São Francisco, ele me deixou preso a uma corrente minha vida inteira, fizesse sol ou chuva, e me chutava e me batia todo o tempo. Até que um dia não resisti e estou aqui! 

Ao homem, São Francisco fechou as portas do céu. 

Então, foi a vez de uma senhora de aparência bondosa. No colo do Santo, uma gata persa que disse:

- São Francisco, ela me mostrava aos amigos que chegavam e passeava comigo no shopping. Mas em casa, me esquecia num canto e viajava sem me deixar água ou comida suficiente. Quando adoeci, sem ao menos tentar me salvar, ela mandou me sacrificar e comprou outro pobre animal. 

São Francisco também lhe fechou as portas do céu. 

Chegou então uma jovem. Uma gatinha novinha logo pulou no colo do santo. A jovem disse assustada:
- Mas nunca tive filhotes! Somente um gato macho que ainda vive! 

A gatinha miou baixinho:

- Eu sou um dos filhotinhos que seu gato gerou na rua e que, abandonados, desnutridos, morreram doentes poucos dias depois de nascidos. Tudo porque você não queria castrá-lo nem deixá-lo em casa. 

Essa jovem também não entrou no céu. 

Finalmente, chegou a vez de um senhor idoso. Mas, quando ele chegou a São Francisco, nenhum animal apareceu. 

O Santo perguntou:

- Nunca tiveste um bicho de estimação? 

O senhor respondeu:

- Não! Porque não quis animais de estimação. 

Verificadas outras pendências, São Francisco abriu as portas do céu para o homem. O anjo, surpreso, perguntou:

- Mas ele desgostava tanto dos bichos que nem os tinha! 

São Francisco respondeu:

- Não ter bichos não é pecado. Os homens que dizem gostar e os têm e os tratam mal, como se fossem bibelôs ou brinquedos, se esquecem que seus animais de estimação não são suas criaturas, mas criaturas de Deus aos homens confiadas para alegrar suas vidas. Esses sim, prestarão contas de como cuidaram dos animais sob sua responsabilidade.

fonte: Ulysses do Rêgo

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Rio de Janeiro - 1ª Festa da Primavera dos Peludos

Olá a Todos.

Esta Festa tem como objetivo arrecadar fundos para ajudar os animais que estão sob cuidados ou são de responsabilidade dos seguintes grupos:

  • Ajudar é tudo de bom
  • Morada Direito de Viver.
  • Patas  e  Patas
  • Se não Posso Adotar Posso Ajudar
  • SOS Felinos

Pedimos a todos os amigos que prestigiem os animais e compareçam a nossa festa!

É a oportunidade de colaborar com diversão, confraternização, brincadeiras e lazer.

Divulguem para seus contatos, repassem para seus amigos!

Muitos Peludinhos dependem dessa ajuda!


Dia 19/09/2010 -  Próximo Domingo

Das 10h às 14h

Escolinha de Futebol do Flamengo

Rua Honório 1291, bem pertinho do Norteshopping.

Toda a ração para gatos arrecadada pelo Patas e Patas será doada para os Gatos do Campo de Santana






Na estrada

 Na estrada

O viajante segue seu caminho. De suas rotas, só sabe seu destino: a chegada. Não importa o quão distante seja, uma vez que a luz se faz presente. Sempre.
No meio de uma estrada algo inusitado lhe veio. Não que não esperasse, mas talvez não soubesse de sua existência. Em sua existência se fez carne e dela se fez espírito. À sua volta, o declínio por vezes se via. A humanidade lhe cedia um pouco da atenção, mas uma extensa e densa nuvem os impedia de se comunicar – pelo menos, da forma como se deveria.
E assim o viajante segue. Em meio a torres que se levantam, brotando do chão, ou em meio à pedras que insistem em rolar sobre o seu caminho, nada mancha o linho. Lindos passarinhos se põem a cantar numa orquestra desarmônica mas, que por sua liberdade, entoam a mesma música. Doces sons que se espalham pelo ar.
Sobre sua cabeça, uma coroa flamejante. Sol que o aquece, lua que lhe orienta. Das luzes, se faz luz e sobre a escuridão sua voz prevalece. Não se esquece de que um dia lá esteve embora de lá nunca tenha sido. Lembranças que retornam no vento que lhe sopra, hoje trazendo refrigério.
Sua parada era esperada - descanso certo dos viajantes. Mas, ela estava ainda mais longe. Seus pés se cansaram, seu corpo fatigara, mas seu foco o mantinha. Não que não tivesse pensado em desistir, mas dentro de si, ele queria ir. E chegar. E ir.
Lágrimas foram vistas, mas a dor se fez em alegria. Do mar, muito se extraiu. No céu, muito se viu.  Dos montes se enxerga mais longe. Já dos vales, a sombra leva ao descanso, não que não seja bom, mas faz interromper a viagem interior. E da viagem se perde, suas pernas enfraquecem ao olhar para o alto.
Às vezes só. Às vezes acompanhado. Mas, a solidão dá lugar à junção. Processo certo daquele que O procura. O sentimento pleno de sua ida traduz-se pela forma eficaz de sua vinda. Ou nova ida. Mas, assim se faz.
Não que seja bom, porque o bom está para a carne. É deleitoso, pois o espírito se alimenta, enriquece, esquenta do fogo que de cima vem. E assim ele segue. Em mais um dia. Nova estadia. Talvez, amanhã seja diferente. Pode ainda ser igual a um outro dia. Quem sabe ele ainda tenha que reviver ou fechar a porta que havia deixado aberta. Ele não sabe antes, sabe durante, sabe depois.
Aumenta o seu passo. O faz confiante. Fortalece-se DELE, NELE. Mas, não lança todo o seu peso, pois reconhece que parte deste não deveria ter ido. Continua erguido nos pés já adaptados, numa musculatura mais forte, que o permitirá ir além.
Linda e surpreendente viagem ao além.

Que ELE seja contigo e em ti, hoje e em todos os teus dias!
Isaac Yedidyah
F.I.M. – Fraternidade de Iluminadores do Mundo


Que o ALTÍSSIMO seja contigo e em ti, hoje e em todos os teus dias!

F.I.M. - Fraternidade de Iluminadores do Mundo


Maus tratos, denuncie




Maus tratos, denuncie
Se você conhece um bichinho que vive acorrentado, é espancado pelo dono, privado de alimento ou não recebe assistência veterinária, saiba que tudo isso é crime e ele precisa da sua ajuda para ter uma vida mais digna














Submeter um animal a maus-tratos é crime previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9.605) e pode acarretar em multa ou pena de três meses a um ano de prisão. Denunciar é simples e quem procura ajuda não fica exposto à represálias do agressor.


De acordo com o artigo 3 do Decreto Federal 24.645/34 caracteriza-se por maus-tratos manter o animal trancado em lugares pequenos, anti-higiênicos ou preso a correntes, golpear ou mutilar o animal, não prestar assistência veterinária adequada ou usá-lo em shows que causem pânico ou estresse. Envenenar e abandonar animais também são atos criminosos.

O que fazer

O primeiro passo é reunir a maior quantidade de provas possível. Fotografias, vídeos, laudo ou atestado veterinário, placa do carro de quem agride ou abandona e até testemunhas. Tudo o que sirva para mostrar a situação do animal e ajude a identificar o agressor.

Em seguida procure a delegacia mais próxima e faça um Boletim de Ocorrência (BO). Por garantia, leve com você uma cópia da Lei de Crimes Ambientais (disponível no sitehttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/leis/L9605.htm) ou tenha escrito o número da lei e o que diz o artigo 32*.

O policial que ouvir o seu relato deverá instaurar um inquérito ou lavrar um Termo Circunstanciado (TC). Caso ele se negue a fazê-lo estará infringindo o Código Penal (artigo 319, crime de prevaricação). Na dúvida, e porque é seu direito, peça para falar com o delegado.

No Brasil os animais são “sujeitos de direitos”, tutelados pelo Estado e representados em juízo pelo Ministério Público. Portanto, você não será autor do processo judicial que for aberto a partir da sua denúncia. Depois de concluído o inquérito para apuração do crime, ou elaborado o Termo Circunstanciado, o delegado o encaminhará para abertura da ação, na qual constará o Estado como autor.

BO eletrônico Em São Paulo e na Grande São Paulo os BOs podem ser feitos também pela internet, no site
http://www.seguranca.sp.gov.br. Depois de preencher o formulário, a polícia entrará em contato para confirmar as informações e, se estiver tudo certo, você receberá uma cópia do documento por email.

Se ainda assim você estiver com receio de procurar uma delegacia e denunciar, busque orientações no fórum mais próximo da sua casa ou peça ajuda da associação de bairro da sua região. Representantes da população, as associações de bairro têm poder de exigir atitudes das autoridades em favor da comunidade e você pode pedir que um dirigente ou alguém designado te acompanhe até a delegacia ou ao fórum.


Denunciando em outros Estados

No Distrito Federal é possível denunciar maus-tratos na ProAnima (Associação Protetora dos Animais do Distrito Federal), pelo telefone (61) 3032-3583. A Delegacia do Meio Ambiente da Polícia Civil também recebe denúncias pelo número (61) 3234-5481.

No Rio de Janeiro, maus-tratos, tráfico de animais, envenenamento, trabalhos forçados e abusos deanimais em espetáculos, tais como circos, rodeios e rinhas de cães e de galos, devem ser relatados ao disque-denúncia, (21) 2253-1177.

Animais de grande porte e silvestres Não chame a carrocinha se presenciar maus-tratos a cavalos, burros ou animais de carga. O melhor é pedir orientação às Sociedades Protetoras de Animais da sua região. Outras informações sobre eqüinos estão disponíveis no site http://geocities.yahoo.com.br/equinosbrasil.

No Distrito Federal, para avisar sobre cavalos ou animais de grande porte soltos na rua é necessário ligar na Gerência de Apreensão de Animais, telefone (61) 3301-4952.

Animais silvestres são todos aqueles de espécies nativas ou migratórias, aquáticas ou terrestres, que vivem soltos na natureza e dentro do território brasileiro. Denúncias de maus-tratos contra esses animais podem ser feitas em delegacias comuns, mas especialmente à Polícia Florestal.

Contatos úteis

Em São Paulo

Delegacia do Meio Ambiente (11) 3214-6553

Disque-Ouvidoria da Polícia 0800-177070 (2ª à 6ª feira, das 9h às 17h) www.ouvidoria-policia.sp.gov.br

Ibama 0800-618080 (Linha Verde)

Polícia Florestal (11) 221.8699 (capital) (17) 234.3833 (São José do Rio Preto) (13) 354.2299 (Guarujá) (18) 642.3955 (Birigui)

Ministério Público (11) 6955-4352 meioamb@mp.sp.gov.br

Promotoria de Justiça do Meio Ambiente (11) 3119-9524

Corregedoria da Polícia Civil SP: 3258.4711; 3231.5536 e 3231.1775

Secretaria de Segurança Pública www.ssp.sp.gov.br


No Distrito Federal 

ProAnima (61) 3032-3583

Delegacia do Meio Ambiente da Polícia Civil (61) 3234-5481

Gerência de Apreensão de Animais (61) 3301-4952.

Ministério Público (61) 3343-9416

No Rio de Janeiro 

Ministério Público (21) 2261-9954

Disque-Denúncia (21) 2253-1177.

SEPDA ( Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais) (21) 3402-54173402-5417


* Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9.605)

Artigo 32 Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. 
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.


Todas as informações foram retiradas do artigo Um breve estudo de como tratar naDelegacia de Polícia para denunciar maus-tratos a animais e obter o T.C. ou o B.O., gentilmente cedido ao Adote um Gatinho pela advogada Maria Cristina Azevedo Urquiola, autora do texto (mca_urquiola@ig.com.br ou (11) 9654-8038).


http://adoteumgatinho.uol.com.br/maustratos.htm