quarta-feira, 13 de julho de 2011

Cão teria sido 'esquecido' em casa de Campo Grande há um mês, diz ONG


Animal estaria sobrevivendo graças a água e comida dadas por vizinhos.Moradores do bairro acionaram ONG de defesa dos animais.


Um cão teria sido 'esquecido' em uma casa de Campo Grande há pelo menos um mês e estaria sobrevivendo graças a água e a comida que moradores do bairro dão a ele através das grades do portão, segundo a organização não governamental (ONG) de defesa do animais Abrigo dos Bichos.

A presidente da ONG, Maria Lúcia Metello, recebeu a denúncia dos moradores, foi até o local e constatou a situação de abandono do cachorro, acionando em seguida a Polícia Civil.

Uma mulher que mora perto de onde o cão está, não quis se identificar, mas falou sobre a situação do animal. “Há mais de um mês esse cachorro está lá. É, completamente, assim, a gente não vê pessoas indo no local. Um ambiente sujo. Ele, aparentemente, está doente. As unhas grandes, o que pode ser leishmaniose. E muito magro. Qualquer coisa que você passe, você jogue pra ele, ele come” comenta.

Na casa, o portão está fechado, tem até um carro na garagem, mas ninguém no local. “Eu acho uma falta de responsabilidade. Porque se a pessoa aceita criar um animal, ela tem de dar condições” completa a moradora.


Cão teria sido 'esquecido' em casa de Campo Grande há um mês, diz ONG (Foto: Reprodução/TV Morena)Cão 'esquecido' em casa estaria até doente, suspeitam vizinhos (Foto: Reprodução/TV Morena)











A presidente das ONG disse que abandonar um animal é crime. Quem faz isso pode ser multado e até cumprir de três meses a um ano de prisão. A lei é federal, e não é só o abandono que é considerado crime não, maltratar um animal também.

“Pode-se arrombar a residência com a presença da delegada de polícia, obviamente, e depois registrar um B.O. e trazer um chaveiro para fechar o domicílio”, comenta a presidente do Abrigo dos Bichos sobre as medidas para socorrer o animal.

O delegado Fernando Villa de Paula, da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat), disse nesta manhã em entrevista ao MSTV 1ª edição, que em uma primeira investigação deste caso fica latente os maus tratos ao animal.

“Estamos conversando, procurando saber que são os proprietários, pra saber as circunstancias que esse animal chegou lá, para que a gente possa tomar as medidas cabíveis para o caso", explicou o delegado.

"A gente tem muito o apoio da sociedade no sentido de querer adotar esses animais que se encontram nessas situações fragilizadas. O que a gente tem que analisar muito bem, é se realmente ele estava sendo submetido a maus tratos. Caso constatado, isso é possível através da autorização judicial”, comentou Fernando Villa.

Enquanto a Polícia investiga o caso, o animal continua preso na casa.